Agora sim. Após 6 meses de orações e muita fé, conseguimos trazer nosso maior tesouro para casa. Portanto, agora quero dar um testemunho da obra de Deus em nossas vidas. Maria Luiza, foi uma grande guerreira (como diz meu
pai) desde sua formação no ventre da mãe.
Após recebermos uma notícia do primeiro obstetra (aos 3 meses de gestação) que devido a um problema de má formação da parede abdominal, ela não conseguiria sobreviver, oramos e entregamos a vida dela ao Senhor. No dia seguinte ao exame, liguei para um amigo que não encontrava há cerca de 10 anos e que, por obra de Deus, tinha encontrado uma semana antes num restaurante no DownTown. Ele é obstetra de alto-risco e nos recebeu em seu consultório para explicar de que se tratava o problema. Chegamos lá e ele nos passou as possibilidades de evolução do quadro da neném. As opções eram: ela possuir apenas o intestino para fora da barriga sem nenhuma associação congênita (melhor quadro); ela possuir outros orgãos associados e ter alteração cromossomial como Down, Retardo ou outros (pior quadro); ter orgãos para fora sem alteração cromossomial. Em cima dessas possibilidades, o máximo que ela alcançaria na gestação seriam 28 semanas. E o médico então nos disse que a única coisa que deveríamos fazer era ter fé, pois o sucesso da gestação dependeria do desenvolvimento da neném dia-a-dia. E
FÉ era a única coisa que tinhamos naquele momento. Como Deus colocou esse médico e amigo no caminho da nossa filha, passamos a sequência do pré-natal para ele. Além disso, ele se recusou a cobrar qualquer consulta e também o parto.
Então começaram a série de exames para eliminar possibilidades. Foi aí que Deus começou a provar o seu poder de realizar milagres.
Através de uma ultra, constatamos que ela possuía uma
Onfalocele (parte do fígado e do intestino para fora da barriga).
Fizemos uma
Amniocentese para rastrear todos os orgãos da bebê. Juntamente, fizemos um
exame de FISH, para saber se havia alguma alteração cromossomial.
Em função de constatarmos a Onfalocele, a probabilidade de ela ter algum tipo de alteração cromossomial era de 60%. Recebemos o resultado e Deus nos mostrou que 40% para aqueles que tem fé, são 100%. Ela não tinha nenhuma alteração.
Na Amniocentese, não foi constatado nenhum orgão doente.
Fomos então para a Eco-fetal, para avaliar o coração da bebê, e Deus nos honrou novamente. Coração perfeito. A essa altura, nosso médico acreditava que ela chegaria a 34 semanas.
Bem, após
exames e mais exames, chegamos a 37 semanas e o médico decidiu fazer o parto na semana seguinte. O quadro então era: Onfalocele de 4,8cm de diâmetro, sem nenhum tipo de associação.
Chegou o dia (14 de Maio de 2008). O parto foi feito na
clínica Perinatal na parte da manhã, para que ela pudesse ser operada no mesmo dia à tarde. O prazo de recuperação seria de 1 a 3 meses, dependendo da saúde dela ao nascer.
Deus, então, nos deu o tão esperado milagre. Maria Luíza nasceu às 10:08h com 49,5cm e 3.100g. Após todos os exames de rotina, o pediatra (Dr. Jofre Cabral) decidiu junto ao cirurgião (Dr. Antonio Roberto) que operaria ela às 15:00h. Eles me informaram que, como ela estava bem, provavelmente em 20 dias após a cirurgia ela teria alta.
Então Deus foi operar junto com eles. Resultado: sucesso na operação e às 17:00h eu já estava tirando foto dela na UTI néo-natal.
Chegou o dia da alta da minha esposa e fomos pra casa arrasados por não estar levando a nossa filha. Ao chegar, nos deitamos e oramos ao Senhor pedindo força para ir todos os dias ficar ao lado dela até que tivesse alta. O horário permitido para os pais ficarem lá era de 10:00h às 22:00h. Mas tínhamos certeza da vitória e ela percebeu isso.
Foram longos dias convivendo com pais que lutavam como nós pela vida de seus filhos. Fizemos amizades, trocamos experiências e descobrimos que Deus precisava nos mostrar tudo aquilo que estávamos passando.
Ontem, nossa filha tirou os pontos (antes até da mãe que fez cezariana) e cumpria todas as suas obrigações de bebê: mamar, evacuar, dormir e pouco chorar.
Hoje às 17:00h trouxemos nosso tesouro pra casa, sob as mãos do Altíssimo.
Agora sim, o milagre pode ser testemunhado.
Agradeço ao amigo e Dr. Marcelo Terrigno, Dr. Jofre Cabral, Dr. Antonio Roberto e toda a equipe da UTI da Clínica Perinatal. Aos meus pais, sogros, irmão e familiares pela união em um momento tão importante. Aos amigos, que pudemos contar em todas as horas. Aos irmãos em Cristo que oraram e intercederam pela vida da nossa filha.
Optei por não tocar muito nesse assunto, e algumas pessoas bem próximas acabaram não sabendo do que passamos, mas só faço este post como testemunho do que Deus pode fazer por cada um de nós.
Obrigado Senhor, por dar a vida da nossa filha de volta e por ter usado ela para lembrar as pessoas que o Senhor nos ama, e principalmente que prcisamos ter fé, sem precisar ver do que Deus é capaz.